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terça-feira, 22 de maio de 2012

Folhas que prevalecem no outono

   Já estamos no último mês de outono e como muitos já sabem, essa estação se caracteriza pela queda de folhas, deixando as árvores "carecas". Hoje, em minha devocional, eu decidi ler o capítulo 1 de salmos (um texto bastante conhecido) e me deparei com um verso que se adequa muito bem à estação que estamos vivendo. Veja só:

"Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará."
Salmos 1:1-3

   Há muitas pessoas que considerem a beleza da árvore quando ela está sem suas folhas, mas quando lemos esse texto temos que nos remeter ao pensamento da época. Em tempos antigos, a flora era vista muito mais como algo funcional do que nos dias de hoje. A preocupação no cuidado da árvore não estava ligado a beleza que ela poderia transmitir ao ambiente que estivesse presente. A preocupação maior era com a eficiência dessa árvore. Quanto de fruto ela produziria e consequentemente, quanto de lucro ela daria ao proprietário da terra.

   Bom, todos sabem que uma árvore sem folhas não pode dar fruto e, portanto, é importante que haja um cuidado para que as folhas não caiam e, assim, a árvore possa produzir seus frutos no tempo certo. Só que existem momentos nas nossas vidas que isso se torna difícil, são os outonos da nossa vida cristã. Muitas vezes eles são rigorosos e levam todas as folhas da nossa árvore. Qual o segredo então? Como evitar a queda das folhas por mais rigorosos que sejam o outono e assim permitir que a árvore já dê seus frutos no inverno, por exemplo?

   Duas coisas a se destacar no texto que eu coloquei. A primeira é o trecho que diz: "a qual dá o seu fruto no seu tempo". Em geral, as árvores tem um tempo limitado de frutificação. Poucos sabem, mas uma das árvores mais frutíferas do mundo está localizada no Rio Grande do Norte. É o maior cajueiro do mundo, que produz 70 a 80 mil cajus ao ano! Ao ano? Mais ou menos, toda essa produção ocorre na época de safra (de novembro a janeiro). No restante do ano, a árvore está preocupada em se preparar para a época de safra e cuidar de suas folhas.

   Assim como as árvores, o salmista deixa claro que também temos nossa época de safra, o tempo de dar o nosso fruto. Não adianta nos preocuparmos somente em dar o nosso fruto em todo tempo, temos que ter a visão do salmista de que o fruto é dado no tempo certo e as folhas devem ser mantidas nos outros tempos. Aí que entra o segundo destaque do texto. A gente não precisa se preocupar em encontrar o remédio que manterá nossas folhas durante os mais rigorosos outonos. O remédio tá no texto. Veja bem, todo aquele resultado do verso 3 (árvore frutífera e folhas que não caem) são devidos a uma condição colocada no verso 2: "na sua lei medita de dia e de noite".

   O segredo tá aí, meditação na lei no Senhor em todo tempo para que as folhas nunca caiam e os frutos sejam dados na época certa, na sua época de safra. Meditemos, então, de dia e de noite para que a ausência de folhas não seja empecilho para a produção de frutos no tempo que Deus estabeleceu.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Você tem fome de quê?

Uma rápida pesquisa na internet sobre o significado da palavra fome me retorna a seguinte resposta:

Fome (do latim faminem) é o nome que se dá à sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida.


Obviamente que meu post de hoje não irá tratar do alimento, propriamente dito. Em meus estudos bíblicos de hoje estudei sobre "Abundância e escassez". Tive a oportunidade de me debruçar sobre diversos textos que falam sobre abundância como dom de Deus, as promessas de abundância (na alegria, na graça, no poder, nas provisões e etc) e sobre a escassez como resultado do pecado. Achei muito interessante o estudo e o que me quero compartilhar é sobre a escassez, mas especificamente a escassez de algo que necessitamos para manter as nossas atividades inerentes à vida.

Nós, cristãos, sabemos que a única necessidade que realmente temos é da graça de Deus. Mesmo assim, alguns períodos de escassez tem nos afligido. Aprendi duas coisas sobre essas escassez (fomes):

1º A fome pode ser uma oportunidade de voltarmos os nossos olhos à nossa verdadeira necessidade, Deus. O texto de Amós 4.6 nos mostra que Deus permitiu que seu povo passasse por uma fome para que eles voltassem para Ele. A idolatria por coisas que não deveriam ser necessidades na nossa vida desvia os nossos olhos de Deus, afastando-nos dEle. A fome dessas "necessidades" é uma oportunidade perfeita de voltarmos nossos olhos a Ele.

2º A fome pode ser a causa de bençãos na nossa vida. Pode ser meio vaga essa frase, mas, veja bem, há vários relatos na Bíblia de pessoas que voltaram seus olhos a Deus no momento de fome e foram abundantemente abençoados ou presenciaram um grande milagre. O primeiro exemplo que achei é o de Rute e Noemi, sua sogra. Todos conhecem a história delas (se não conhece, leia o livro de Rute), mas alguém lembra o motivo de Noemi ter mudado com seus filhos para Moabe, onde um deles casou-se com Rute? A fome! Não acredita? Vejao texto de Rute 1.1:
Nos dias em que os juízes julgavam, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu para habitar no país de Moabe, ele sua mulher [Noemi] e seus dois filhos.

Foi um período de fome que permitiu essa linda história de amor entre Rute e sua sogra, Noemi. Deus poderia usar várias coisas, mas naquele tempo foi isso que ele usou.
Outro exemplo, frequente no Velho e Novo testamento, são as provisões de Deus quando seu povo passava fome e não tinha o que comer. Os exemplos são vários: a viúva de Sarepta (1 Reis 17.8-16), o homem de Baal-Salisa (2 Reis 4.42-44) e a multidão que ouvia Jesus (Mateus 14.13-21 e 15. 29-38).

Portanto, se você sente necessidade de algo que não seja o amor e a graça de Deus, volte seus olhos a Ele, confie nEle e deixe que Ele faça agir na sua vida a boa, agradável e perfeita vontade dEle.

Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas?

Olhai para as aves do céu; não plantam nem colhem, e não ajuntam em celeiros; contudo, o vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
Mateus 6:25-26


Que sejamos como as aves do céu, sem a sensação fisiológica de falta alguma e com a certeza que nosso Pai celestial nos alimentará e nos vestirá.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Você é probabilista?

O título do blog pode parecer uma pergunta restrita aos estatísticos, mas não é. Explicarei!

Estou lendo um livro chamado "O andar do bêbado" (Leonard Mlodinow) que explica o quanto a probabilidade faz parte do nosso dia a dia e o quão pouco nos a conhecemos. Para mostrar a falta de intuição em relação as leis básicas da probabilidade, o autor descreve um experimento, que consiste em descrever uma pessoa e citar algumas características possíveis dessa pessoa. Mais ou menos o que fiz no Facebook.

A descrição da pessoa, que chamei de Zucleide, era a seguinte:

Zucleide, de 31 anos de idade, solteira, sincera e muito inteligente. Cursou filosofia na universidade. Quando estudante, preocupava-se profundamente com discriminação e justiça social e participou de protestos contra armas nucleares.


Pedi que cada um atribuisse um número de 1 a 8 nas seguintes características, onde 1 indica que a característica é mais provável em Zucleide e 8 indica a característica mais improvável em Zucleide. Veja a média das respostas:

Zucleide participa do movimento feminista: 3,1
Zucleide trabalha numa livraria e faz aulas de ioga: 4,8
Zucleide é bancária e participa do movimento feminista: 4,3
Zucleide faz aulas de ioga: 4,7
Zucleide é bancária: 4,6
Zucleide trabalha numa livraria: 4,5


Pois bem, se você não viu nada de errado no resultado então sua intuição probabilística precisa ser aperfeiçoada.

Uma das leis da probabilidade diz que a probabilidade de que dois eventos ocorram nunca pode ser a maior que a probabilidade de que cada evento ocorra individualmente. Achou o erro? Vamos lá, pegarei três possíveis descrições que coloquei da Zucleide com seus resultados:

Zucleide participa do movimento feminista: 3,1
Zucleide é bancária e participa do movimento feminista: 4,3
Zucleide é bancária: 4,6

Alguém me explica como é mais provável que Zucleide seja bancária e participe do movimento feminista do que ela ser apenas bancária?

A dificuldade das pessoas de lidar com a probabilidade fica mais evidente se eu disser que, das 19 pessoas que responderam o teste, apenas uma pessoa respondeu algo possível (considerando que nem toda bancária participa do movimento feminista e que nem todas que trabalham na livraria fazem ioga). Quer algo pior? O único que acertou já viu eu fazendo esse teste antes, então não tem como saber se ele responderia certo se não conhecesse o teste.

Pode parecer banal um erro desses, mas o autor cita exemplos em que esse erro pode acarretar graves consequencias (cita o exemplo de um caso em que um juri popular condenou o réu baseado nesse erro).

Intuição probabilística é importante, galera! Não se sinta constrangido pelo erro! Obrigado aqueles que responderam o teste!

Abraço!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Retorno do Blog

Resolvi voltar a escrever no blog! Creio que a "obrigação" de postar aqui irá me estimular na escrita da dissertação também (um dia separo um post para explicar o assunto dela).

Bom, fui motivado por alguns fatos que ocorreram nesse 1 ano sem publicação alguma. O primeiro é a bíblia nova que ganhei da minha pequena, Belle. A Bíblia Tompson é, realmente, uma benção e espero megulhar fundo nos estudos dela.

Porém, o assunto de hoje é um tema que tem sido de constantes discussões. Recentemente o programa da Globo, Fantástico, fez um amplo debate sobre ele: o ENEM.

A matéria que motivou essa postagem foi uma publicada na UOL. Como não achei o link da UOL publico o seguinte:

http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/candidata-entrega-gabarito-enem-branco-tira-notas-maiores-minimas-668086.shtml


Vamos lá! A questão é simples e bem mais fácil de ser compreendida para aqueles que já fizeram uma prova do Cespe. Assim como o Cespe, existe um sistema de penalização no método TRI. Só que ao contrário de penalizar somente aqueles que erraram, há uma penalização aos que "aos olhos do TRI" chutaram a questão e acertaram. Mais como isso? Fácil! A prova é composta por questões de diferentes níveis de dificuldade. Uma pessoa que erra um bando de questão fácil e acerta uma difícil sobre o mesmo tema é um sinal de que pode ter acertado por chute.

Sabendo disso, podemos responder as duas perguntas principais da candidata. O primeiro questionamento foi esclarecido na própria reportagem. O TRI não atribui nota zero para ninguem. Simples entender o motivo, em um sistema que existe penalização e não existe nota negativa (como o Cespe) o zero seria para aquele que "chutou" todas as questões e mesmo assim errou todas. Oras, como vimos no exemplo, o método identifica o chute através de alguns acertos "aleatórios". Logo, não há como a pessoa ser totalmente penalizada na prova. Sei que não ficou muito claro, mas acreditem tirar 0 no ENEM é impossível. Pode tentar!

Por que a candidata não ficou com a menor nota do país se ela deixou a prova em branco? Antes é bom esclarecer uma coisa que alguns que leram as reportagens não entenderam. A nota mínima da qual a candidata ultrapassou não se refere a uma nota de corte, mas sim a menor nota tirada no país. Após esclarecido isso fica fácil entender o porquê dela não ter tirado a nota mínima. É aqui que a galerinha que já fez Cespe entra na história. Vamos usar o Cespe como exemplo. Suponha que numa prova do Cespe um candidato entregue a prova toda em branco e o outro entregue a prova toda preenchida e acerte 50 das 110 questões. Quem obterá a nota mais alta?

Óbvio que será o candidato que entregou a prova em branco. Ele ficará com 0 (no caso do Cespe) e aquele que respondeu tudo e errou 60 das 110 ficará com -10. Entendeu? Um exemplo vale mais que mil palavras de explicação!

Não caiam na baboseira da imprensa de ficar criticando tudo quanto é coisa que vem do governo. Leiam um pouco sobre o assunto. O ENEM tem seus problemas, mas tem melhorado a cada ano.

Tenham uma ótima semana e voltem sempre.

sábado, 18 de setembro de 2010

[O] Meus votos!

Serei curto e grosso.

Presidente:
Não voto no candidato mais ficha suja de todos. José Serra já mostrou que não tem compromisso com a verdade e nem com a moral.
Também não voto na Dilma que faltando 15 dias para a eleição ainda não tem uma diretriz de governo. A desorganização da campanha talvez reflita a desorganização que será seu mandato. Além do currículo do vice da chapa, Michel Temer.
Não voto na Marina que se diz evangélica, mas em momento algum vi ela levantar a bandeira para príncípios cristãos. Quem não acredita no que eu estou falando é só ler o programa de governo.

Meu voto é Eymael, pois seu programa de governo foi o que mais me agradou, principalmente a proposta de criação de um Ministério da Família. Apesar da acusação no site que eu coloquei aqui, confio que ele possa representar bem a comunidade cristã do país.

Governador:
Não voto em candidato impugnado, nem em candidatos que apóiam amplamente a libertade de orientação sexual. Por esses motivos, meu voto é Eduardo.

Senador:
Só sei em um que vou votar (Rodrigo Rollemberg) e três que não vou votar (Cristovam, Fraga e Abadia).

Deputado Federal:
Apesar das faltas constantes, darei a última chance ao Reguffe.

Deputado Distrital:
Por enquanto, Rafael Marques. Achei interessante a proposta de abolir a lei que proíbe que supermercados vendam gasolina.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

[A] Margem de erro!

Primeiramente, peço desculpa aos poucos leitores do meu blog pela demora para atualizar. Meus últimos dias estão bem corridos e não achei tempo para comentar aqui, apesar de ter pensado em muitos temas interessantes. Apesar de ainda estar na correria, decidir separar um pequeno tempo para fazer uma postagem que se encaixa no contexto que estamos vivendo.

Hoje em dia, tenho visto muita confusão com relação aos resultados mostrados pela mídia sobre a pesquisa eleitoral. Todos comentam e até decoram as famosas margens de erro da pesquisa, mas são poucos os que realmente pararam para pensar o que ela significa.

Já ouvi gente dizendo que se a pesquisa tiver errada ela estará dentro da margem de erro, já ouvi gente dizendo até que é resultado da própria manipulação de dados, aumentando o percentual para quem encomendou a pesquisa. Para essas pessoas seria tipo assim: a candidata "A" encomendou uma pesquisa e pediu que colocasse uma margem de erro de 2%. Ao longo da pesquisa descobriu-se que ela tinha em média amostral 30% dos votos. Então o orgão que divulga a pesquisa colocará que ela obteve 32%.

Bom, não tenho conhecimento total sobre como é feito as pesquisas e nem me dei ao trabalho de procurar. Porém, se não houver mudança na notação estatística, essa margem de erro não quer dizer muita coisa como muitas pessoas acham.

Ao calcularmos uma estatística (no nosso caso a proporção de votos dos candidatos) estamos sujeitos a um erro amostral (afinal de contas se torna inviável fazer uma consulta de toda população). Por isso, soltamos a estatística como um intervalo que é calculado pelo valor que obtemos +/- a margem de erro. Por exemplo, achamos os 30% da candidata A, então o intervalo dela com a margem de erro é [28% ; 32%].

Qual o verdadeiro significado desse intervalo que eu acabei de citar? Bom, na verdade sem a variância amostral (que não é divulgada pela mídia) não significa nada. Esse intervalo aí quer dizer que num percentual de amostras realizadas a proporção de votos do candidato estará nesse intervalo. Tá, eu sei que sou confuso, mas é difícil explicar ainda mais quando eu estou apressado. Por isso apelo sempre pros exemplos.

Olha só, se o nível de confiança da pesquisa escolhido é de 95%, quer dizer que em 95% das amostras que eu realizar, a proporção de votos que eu vou encontrar estará nesse intervalo. Ou seja, a cada 100 amostras que eu fizer, o percentual da candidata "A" estará entre 28% e 32% em 95 amostras.

Tá, você pode está se perguntando, mas o nível de confiança não influencia na margem de erro? Influencia, mas a variância amostral também. Aí que está o problema, os orgão não divulgam nem a variância, nem o nível de confiança. Ou seja, podemos estar numa situação de nível de confiança 5%. Sabe o que significa isso? Que em apenas 5 amostras em cada 100 encontraríamos o resultado que é passado pela mídia.

Portanto, se você quer usar alguma pesquisa eleitoral, procure saber primeiro informações como o nível de confiança da pesquisa (isso só tem consultando no TSE).

sexta-feira, 9 de julho de 2010

[O] Palpite Final

Acertei apenas um finalista, aí vão as posições dos quatros finalistas:

1º Holanda
2º Espanha
3º Alemanha
4º Uruguai

Fim de palpites